sábado, 29 de dezembro de 2012

                                                            Vento, leva pra longe estes pensamentos traiçoeiros, seca em mim as lágrimas que escorrem incessantemente, ameniza a dor e acalma esse meu peito.



Um dia desses sonhei com você. Era uma espécie de sonho de dejavi sei lá você parecia tão assustado com minha agressividade, tão perplexo com o rumo que aquela discussão seguia. Não entendo, foi você que quis assim.
Acordei no mesmo lugar de sempre, vazio, seco, rústico. Sorri, nada mudará.
Me lembrei de como nos conhecemos, do seu jeito, meu jeito realmente não fomos feito para durar. Nosso amor foi assim como uma chuva de verão, rápida, desejada e refrescante.
Depois da chuva o calor se segue quente em dias de verão.




Janaína 28/12/2012

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Primavera

Acordou com o vento soprando lá fora. Iniciava a primavera.
Primavera com cara de inverno. Levantou da cama, colocou um café em sua xícara e sentou - se  na varanda, lembrou  dele.
Como alguém que se transporta  para outra data,ela  sentiu o frio que fazia naquele  inverno , fechou os olhos e desenhou em sua memória o rosto perfeito dele, suas mãos ao tocá la, seus olhos tímidos.... fora tão feliz.
Levantou, respirou fundo e como mágica sentiu o perfume dele. - Ah o cheiro dele! 
Sorriu.... Já fazia muito tempo desde a ultima vez, e tudo parecia ter acontecido ontem.


Ninaa

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Desejo que você.




Desejo a você

''Não tenha medo da vida, tenha medo de não vivê-la.
Não há céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes.
Só é digno do pódio quem usa as derrotas para alcançá-lo.
Só é digno da sabedoria quem usa as lágrimas para irrigá-la.
Os frágeis usam a força; os fortes, a inteligência.
Seja um sonhador, mas una seus sonhos com disciplina
Pois sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas.
Seja um debatedor de idéias. Lute pelo que você ama.''

sexta-feira, 6 de abril de 2012



Tenho planos, claro (todo mundo tem). Mas objetivamente estou aqui sem nada à minha frente. O momento futuro é uma incógnita absoluta. Eu não posso pensar “não, daqui a um ano eu vou pro campo ou eu caso ou me formo ou vou à Europa”. Eu não sei. Fico esperando que pinte uma coisa, naturalmente. E essa falta de ação me esmaga um pouco.

(Caio Fernando Abreu. Carta a Vera Antoun)

sábado, 31 de março de 2012



...e talvez tenha inventado apenas para me distrair nesses dias onde aparentemente nada acontece e tenha inventado quem sabe em ti um brinquedo semelhante ao meu para que não passem tão desertas as manhãs e as tardes buscando motivos para os sustos e as insônias e as inúteis esperas ardentes e loucas invenções noturnas, e lentamente falas, e lentamente calo, e lentamente aceito, e lentamente quebro, e lentamente falho, e lentamente caio cada vez mais fundo e já não consigo voltar à tona porque a mão que me estendes ao invés de me emergir me afunda mais e mais enquanto dizes e contas e repetes essas histórias longas, essas histórias tristes, essas histórias loucas como esta que acabaria aqui, agora, assim, se outra vez não viesses e me cegasses e me afogasses nesse mar aberto que nós sabemos que não acaba nem assim nem agora nem aqui ...


Caio F. Abreu

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012


Quero você aqui, no meio das minhas coisas, meus livros, discos, filmes, minhas ideias, manias, suspiros, recortes. Respirando o mesmo ar…
 Entra, não pergunte se pode ficar. Vem e fica.

Gabito Nunes

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012


Fiquei durante horas olhando essa pagina em branco, não sabia como começar e muito menos como terminar. Mas hoje decidi terminar.
Quero terminar o que nem chegou a começar.
Metade, foi isso que me deu desde o primeiro olhar, a primeira conversa, beijo, toque. 
O tempo dividido, as ligações interrompidas com uma frase: " Tenho que ir".
O amor incomparável que senti, o abraço inesquecivel no meio do nada, o beijo roubado na porta do hotel, os sorrisos... as palavras não ditas para que não se estragasse o momento, sendo mais tarde a causa de tanta cobrança.
Sua indecisão, meu medo.
A viagem que me levou pra longe de você.
O reencontro, o beijo. Entregue a você todos os meus sonhos, medos, planos. Tudo em suas mãos.  Acreditei que você fosse ter coragem e ficar comigo pra sempre.
Engano.
O destino resolveu então nos separar mais uma vez. Cada um tomou o seu caminho.
Muita coisa aconteceu de lá pra cá, eu mudei tanto, cresci, chorei, me arrependi, gritei, caí e mais uma vez levantei. Não caminho mais sozinha uma parte de mim está vindo ao mundo e tudo é tão diferente.
Estou te anulando da minha vida pra sempre. Te desejo toda sorte do mundo e muito amor pra que você possa ter coragem pra assumir os seus verdadeiros sonhos, antes que a vida passe e você acabe  ficando  pra trás esperando o momento certo.

Ninaa

sábado, 11 de fevereiro de 2012




"Fiquei ali parada, procurando alguma coisa que não estava nem esteve ou estaria jamais ali."

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Penso sempre que um dia a a gente vai se encontrar de novo, e que então tudo vai ser mais claro, que não vai mais haver medo nem coisas falsas. Há uma porção de coisas minhas que você não sabe, e que precisaria saber para compreender todas as vezes que fugi de você e voltei e tornei a fugir. São coisas difíceis de serem contadas, mais difíceis talvez de serem compreendidas — se um dia a gente se encontrar de novo, em amor, eu direi delas, caso contrário não será preciso. Essas coisas não pedem resposta nem ressonância alguma em você: eu só queria que você soubesse do muito amor e ternura que eu tinha — e tenho — pra você. Acho que é bom a gente saber que existe desse jeito em alguém, como você existe em mim

sábado, 28 de janeiro de 2012

"Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever.  Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa.
Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.
Estranho e que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é?
A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?
A moça…ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar.
Às vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera?
E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará. 
A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos de ressaca – levanta e segue em frente. 
Não por ser forte, e sim pelo contrário… Por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.”
Caio F. Abreu 

terça-feira, 17 de janeiro de 2012


Dizem que a gente tem o que precisa. Não o que a gente quer. Tudo bem. Eu não preciso de muito. Eu não quero muito. Eu quero mais. Mais paz. Mais saúde.Mais dinheiro. Mais poesia. Mais verdade. Mais harmonia. Mais noites bem dormidas. Mais noites em claro. Mais eu. Mais você. Mais sorrisos, beijos e aquela rima grudada na boca. Eu quero nós. Mais nós. Grudados. Enrolados. Amarrados. Jogados no tapete da sala. Nós que não atam nem desatam. Eu quero pouco e quero mais. Quero você. Quero eu. Quero domingos de manhã. Quero cama desarrumada, lençol, café e travesseiro. Quero seu beijo. Quero seu cheiro. Quero aquele olhar que não cansa, o desejo que escorre pela boca e o minuto no segundo seguinte: nada é muito quando é demais.

Caio F. Abreu

sábado, 7 de janeiro de 2012

Tenho medo de já ter perdido muito tempo. Tenho medo que seja cada vez mais difícil. Tenho medo de endurecer, de me fechar, de me encarapaçar dentro de uma solidão-escudo.

Caio F. Abreu